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Robson Conceição, o pugilista é Campeão Olímpico! Com ajuda dos brasileiros na torcida, conseguiu ba

Robson Donato Conceição (Salvador, 25 de outubro de 1988) é um pugilista brasileiro da categoria peso-leve (até 60kg).

Participou dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, sendo derrotado logo na estreia. Na edição seguinte, nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012, também foi derrotado na estreia. Foi um dos representantes do país nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México,[1] onde conquistou uma medalha de prata no peso leve.

Ganhou medalha de ouro na categoria até 60 kg nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, derrotando o francês Sofiane Oumiha por decisão unânime e conquistando o primeiro ouro olímpico do boxe brasileiro

O ouro histórico do Brasil era muito aguardado por fãs do boxe nacional. O país bateu na trave algumas vezes. A primeira delas foi nos Jogos de Melbourne, em 1956, quando o melhor lutador da história do boxe brasileiro, Éder Jofre, não conseguiu competir por ter quebrado o nariz em um treino às vésperas do evento. Nos Jogos do México, em 1968, o paulista Servílio de Oliveira começou a escrever a história do boxe brasileiro nas Olimpíadas. Ele conquistou a medalha de bronze perdendo apenas uma luta. A única derrota foi na semifinal para o mexicano Ricardo Delgado, que venceu o torneio. Em 2012, coube a Esquiva Falcão conquistar a prata. O pugilista capixaba vencia a luta contra o japonês Ryota Murata, mas recebeu punição de dois pontos no último round, e acabou sendo derrotado por um ponto de diferença.

A subida ao pódio foi emocionante. Robson inspirava e expirava, como se estivesse no meio de um round, ofegante. Seu duelo era contra o choro, embargado em sua garganta. No lugar mais alto do pódio, Robson conquistou pela primeira vez o ouro do boxe brasileiro. Cantou junto, em altos brados, cada palavra do Hino Nacional. Sargento da Marinha, bateu continência à bandeira brasileira quase no fim do hino – protocolo esquecido com a emoção. Mordeu a medalha e agradeceu a torcida. Pegou a filha, Sophia, no colo e, emocionado, falou aos jornalistas. “Até agora, estou vivendo um sonho. Não quero acordar nunca. Agradeço ao povo brasileiro pelo apoio. Os que estão aqui e na Bahia. Graças a eles e a Deus, sou campeão olímpico”, disse, beijando a filha e a medalha.

Poucas horas depois de sair do Riocentro com a medalha de ouro no peito, Robson Conceição concedeu uma coletiva de imprensa no Espaço Time Brasil, na manhã desta quarta-feira, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O lutador, que tornou-se o primeiro brasileiro campeão olímpico de boxe ao bater o francês Sofiane Oumiha pelo peso-leve (até 60kg), foi aplaudido em sua chegada. Robson revelou sua gratidão à nobre arte ao dizer que, sem o esporte, talvez não estivesse vivo, afinal, era conhecido pelas brigas de rua no bairro de Boa Vista de São Caetano, em Salvador.

- Se não fosse o boxe, acho que talvez não estivesse vivo pelo fato da violência, são muitas mortes em Salvador, e pelo fato de que brigava muito na rua. Hoje em dia ninguém mais quer brigar na rua, quer ficar tomando soco na cara. Se não fosse o boxe, talvez fosse uma história diferente. Muita gente fala que o boxe é violento, mas não é. Eu era violento antes de conhecer o boxe - afirmou, lembrando que ele, assim como Rafaela Silva, que conquistou o ouro no judô, são oriundos de projetos sociais para jovens de comunidades carentes.

Robson se posicionou contra a redução da maioridade penal, quando questionado sobre o tema.

- Assim como a Rafaela, vim de comunidade humilde, em projetos sociais, então não acho justo punir crianças. Acho que deveria ser totalmente diferente, deveriam investir mais nos projetos sociais e fazer as crianças e adolescentes praticarem esportes.

E Robson tem o plano de formar novos "Robsons". O campeão pretende criar o seu projeto social em Boa Vista de São Caetano, na capital baiana, para garimpar novos talentos do boxe, mas espera conseguir a ajuda do Governo e de empresas privadas.

- Vai ser no meu bairro, o Team Conceição. É o projeto social que eu quero. Vamos ver se as empresas e o Governo da Bahia me ajudam a criar este projeto social para que eu possa mudar a vida das crianças e dos talentos de Salvador, porque temos muitos talentos para o boxe.

Seminário e Seus Direitos.
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