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COMISSÃO DA PEQUENA ÁFRICA ACOMPANHA REPARAÇÃO ÀS OSSADAS ENCONTRADAS NAS OBRAS DO VLT DO RIO.


Suspender as escavações foi a primeira posição do movimento negro. A segunda foi determinar de não haver a retirada das ossadas. Para a terceira medida, criou-se a Comissão da Pequena África, que reúne 36 instituições representantes dos negros , sãos elas: Redes da Maré, CEAP, IPEAFRO, Goethe Institut, Arquivo Nacional , Bieta, Casa das Pretas, CETRAB, e etc., para lutar pela reparação.

O seminário intitulado de “Reparação da Escravidão e Ancestrais de Santa Rita”, produzido por esta Comissão da Pequena África, foi mediado pela jornalista Flávia Oliveira , e reuniu a cúpula do movimento negro da cidade, no prédio do Arquivo Nacional, em setembro (19), onde vários pontos foram colocados, em palestras , num debate aberto ao público. Também foi mostrado um filme e um audiovisual.

A reparação é o reconhecimento da existência do cemitério na região através da demarcação da área; a mudança dos nomes das estações ; e a construção do Memorial. Foram estas basicamente , as três medidas apresentadas. Para Luiz Eduardo Alves Oliveira, o Negrogun, um dos palestrantes do seminário, pede-se às autoridades, o compromisso com a memória do povo africano do Rio de Janeiro.

“Nós não temos como impedir a passagem do VLT. E nem é este o nosso interesse. Nós queremos o compromisso do VLT, do IPHAN, CDURP e da Prefeitura com a reparação” , conta, Negrogun, que é o Presidente do Conselho dos Negros do Estado do Rio de Janeiro.

Com o objetivo de avançar com as obras da linha 3 do VLT, o trânsito de algumas ruas deste trecho, foi alterado, desde a última sexta (21). A previsão de duração da obra é de um mês. O arquiteto do IPHAN, Paulo Vidal já declarou à imprensa que é para se ter cuidado nas obras, como lajes menos profundas e pequenos desvios para os trilhos.

A Presidente do IPEAFRO, Elisa Larkin do Nascimento, se declarou satisfeita com o seminário, que teve a finalidade de unir forças , e também de chamar a atenção das autoridades para o valor deste patrimônio histórico.

“Nós temos 36 parceiros aqui. A ideia é exatamente esta, juntar forças. Criar uma reunião em torno deste objetivo, de recuperar, valorizar e de reconhecer, de forma concreta, e que favoreça a população negra que habita esta região “ , reforça Elisa.

Já o palestrante Milton Guran (vice-presidente do Comitê Científico internacional do Projeto da rota de Escravo da Unesco), ressaltou a importância do Cais do Valongo como Patrimônio cultural da cidade: “Pelo Cais do Valongo passou a maior quantidade de africanos escravizados desta cidade, por toda história do tráfico. 1 em cada 4 africanos escravizados passou por esta cidade. O que faz dela , o maior porto escravagista da humanidade.”

Editoria de Cultura (Preservação do Patrimônio Cultural da cidade)

Texto: Irma Suely Conceição DRT 31668.

Fotos: Maurício Miranda

Fonte:

Site da Revista Black Magazine:

- http://revistablackmagazine.net.br/?p=167

Seminário e Seus Direitos.
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