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Hiago Bastos - Jovem vendedor de bala é assassinado por ser "confundido com bandido"


Mais uma esposa chora. Mais uma filha sem pai, vítima de um sistema brutal que só o negro conhece. Estão matando os nossos, dia após dia, e não fazem mais questão de esconder! Antes falávamos para nossos filhos pretos que eles não podiam ficar depois de certo horário na rua, andar sempre com RG e nunca responder um policial, por mais “esculachado” que fosse. Agora não tem dia, horário, não precisa estar deserto, e isso mostra como o racismo nesse país está latente e esmagador. Os racistas não estão mais fazendo questão de esconder ou camuflar.

Foi Moïse, foi Durval, agora Hiago. Quantos mais ainda irão morrer até que algo seja feito?


Quando Hiago foi abordar um potencial cliente pra vender sua bala, o “cidadão de bem” o chamou de ladrão. Disse que “os meninos da bala” abordavam pessoas para roubar celulares.

Quanto será que vale a vida de um jovem que, desde sempre desamparado pelo sistema, levantava às 5h da manhã pra prover o sustento para sua filhinha de 2 anos?

Em 2019, Hiago foi agredido por seguranças de um centro comercial há cerca de 500 metros de onde ontem ele foi morto. Qual seu crime? Vender balas. Uma mulher gravou o ocorrido, e se ouve no vídeo: “Solta ele, ele está trabalhando e não mexeu com ninguém”.

As pessoas vão o julgar pela sua classe social, pelo passado que ele teve, mas quem vai ver o abandono do sistema, a precariedade de um sistema educacional, a falta de oportunidade que um jovem negro periférico tem na vida?


Estamos exaustos, mas nem por isso, fracos. Não aguentamos mais ver a mesma história na TV, acabando com a nossa vida dos nossos, sem saber se nosso pai ou nosso filho vai sair pra trabalhar e voltar com vida para o acalento do lar. Precisamos nos mover.




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