Linha do tempo do racismo:
• 28 de Dezembro de 2021 - Luiz Vinícius dos Santos é preso sem provas e tem sua soltura indeferida;
• 24 de Janeiro de 2022 - Moïse é brutalmente espancado até a morte por cobrar o salário atrasado;
• 02 de Fevereiro de 2022 - Durval Teófilo é assassinado ao tentar entrar em sua casa, tendo sido "confundido com bandido" por vizinho;
• 06 de Fevereiro de 2022 - Yago Corrêa é preso "portando" um saco de pão.
O que todos esses têm em comum?
Negros, honestos, idôneos que perderam a vida ou foram presos por causa da cor de sua pele.
No país da miscigenação, a taxa de homicídios e o sistema prisional são termômetros de um racismo que tentam esconder. Vamos para os fatos:
A população negra corresponde a 52% da população brasileira, segundo o IBGE. E além disso, somos
- 75% dos casos de morte em ações policiais;
- 64% da população desempregada;
- 66% da população subempregada;
- Chance de um jovem negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,5x maior que um branco.
O racismo é uma chaga social que, mesmo após 134 anos da abolição da escravatura, a população negra continua absurdamente submetida a condições precárias de vida, saúde, educação e segurança.
Nossas sinceras condolências às famílias de Moïse, Durval e tantos outros negros que morrem diariamente sem sair no noticiário, de forma violenta e brutal onde a única culpa foi ter nascido com a cor da pele que carrega.
E desde já estamos a postos para ajudar no que for possível as famílias de Luiz Vinicius, Yago Corrêa e tantos outros que injustamente foram privados de sua liberdade.
"Combater com firmeza e vencer o racismo é uma condição para que o Brasil se torne uma nação justa e democrática"
Luiz Eduardo Negrogun
Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro e Promoção da Igualdade Racial
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